Tal Avaliação fora concebida como um instrumento necessário ao Planejamento Estratégico e à melhoria institucional. Baseando-se nesse propósito, vários foram os Cursos e Seminários em que Docentes participaram efetivamente, no sentido de buscar conhecimentos mais abrangentes sobre os processos avaliativos, adotados pelas Universidades Brasileiras.
Nesses aperfeiçoamentos, buscaram, também, orientações a respeito do tema para que se efetivasse a cultura de Avaliação Institucional no UNIARAXÁ.
Ocorreram, ainda, debates, análises de documentos, discussões mais aprofundadas entre os componentes da Comunidade Acadêmica a fim de que se pudesse criar a Comissão Própria de Avaliação da Instituição. Tais aprofundamentos serviram de sustentação para que CPA iniciasse sua trajetória e pudesse elaborar uma proposta de Avaliação Institucional, baseada nos fundamentos de uma Avaliação crítica, participativa, democrática e pertinente aos pressupostos norteadores do Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras - PAIUB.
Em prosseguimento, foram realizadas várias reuniões com todos os segmentos universitários no sentido de analisar a proposta em questão e verificar a sua efetividade. Assim, a proposta de Avaliação Institucional foi denominada de Programa de Avaliação Continuada – PAC; na qual, foram contempladas as 10 Dimensões da Avaliação Institucional, conforme os propósitos do PAIUB.
No sentido de conduzir o PAC, foi editada a Portaria da Reitoria nº 001/2001, a qual nomeou uma comissão composta de representantes dos vários segmentos da Instituição para que pudessem realizar a sua implementação.
As discussões não pararam por aí; já que atividades bem significativas foram desenvolvidas para que a CPA discutisse com a Comunidade Universitária e os seus Gestores as concepções e as alternativas de formalização e operacionalização da Avaliação Institucional, os instrumentos a serem utilizados bem como o levantamento e a análise dos dados obtidos.
A busca por melhorias e aprimoramentos dos processos é contínua e permanente; dadas as dificuldades encontradas durante o percurso; mas, mesmo assim, a CPA tem-se mostrado determinada no atingimento das metas e dos objetivos propostos.
A adequação dos instrumentos avaliativos, a leitura dos dados, a execução de todo o processo, a aferição e a socialização dos resultados servem para que o Planejamento seja revisto, reordenado e reposicionado para que se atinja o almejado. Tais procedimentos, a despeito de algumas fragilidades, não foram interrompidos, nem em sua sistemática nem na sua operacionalização; já que a Avaliação Institucional já se encontrava consolidada na Instituição.
Nesse compasso, tendo em vista a atender às exigências da Lei nº 10861/2004, que instituiu o Sistema de Avaliação Nacional da Educação Superior Brasileira - SINAES, a Autoavaliação Institucional foi reafirmada como prioridade institucional; e, a CPA – Comissão Própria de Avaliação, iniciativa da instância federal, foi referendada pela Portaria nº 0027/2004, de caráter interno, para que a Comissão adquirisse o seu legal e legítimo. Com vistas a redimensionar as ações avaliativas, em sua prática, a CPA desencadeou algumas atividades: promoção de reuniões, mais efetivas, com Gestores, Alunos, Coordenadores de Curso e Diretores de Instituto.
A partir dessas reuniões, surgiram novas perspectivas e alternativas na implantação de novos procedimentos para a condução da Autoavaliação no UNIARAXÁ. Nesses momentos, houve a oportunidade de discussões sobre uma redefinição da metodologia e dos instrumentos de coleta de dados bem como a implementação de novas visões de análises e de interpretação dos resultados. O maior desafio já encontrado até agora pela CPA foi tornar a Avaliação Institucional um processo de conscientização permanente, especialmente, sobre a sua importância, não apenas para a Instituição, mas sobretudo, para toda a Comunidade Acadêmica.
Nesse sentido, várias ações foram desenvolvidas para que a concepção de Autoavaliação Institucional fosse assumida pela Comunidade Acadêmica como um real instrumento de contribuição ao planejamento e ao avanço institucional. Para alcançar esse objetivo, exigiu-se a combinação de procedimentos institucionais e os diálogos constantes com a Comunidade Universitária sobre as ações internas e externas realizadas pela Instituição.
A retrospectiva apresentada evidencia que o processo de construção de uma cultura avaliativa é longo; requer esforço, estudo, persistência e dedicação; e, não se pode deixar de considerar os custos financeiros elevados que são exigidos na execução do processo. A CPA, como responsável pela Avaliação Institucional, tem o papel relevante a desempenhar: prosseguir a trajetória da cultura avaliativa no UNIARAXÁ; e, principalmente, transformá-la em um verdadeiro instrumento de retroalimentação de informações aos Gestores Institucionais para que possam elaborar o Planejamento Estratégico de acordo com a realidade institucional.
Vale dizer, ainda, que tal retroalimentação possa servir à Reitoria do UNIARAXÁ, como “um instrumento de gestão administrativa e pedagógica” no alcance dos objetivos almejados. Salienta-se, ainda, que é pelo exercício dialético entre a avaliação e o planejamento institucionais que as concepções e mecanismos podem ser, gradativamente, reavaliados, qualificados e legitimados para a Instituição.